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Boletim Diário

20/10/2021

Mercado externo

Soja posta quarta alta consecutiva

• Os preços dos contratos futuros da soja registraram alta, impulsionados pelo vigor dos papéis do farelo e do óleo de soja.

• Nesta terça-feira, o USDA confirmou a conclusão do plantio em 60% das lavouras norte-americanas até o domingo. O resultado ficou em linha com as expectativas do mercado e à frente da média de cinco anos para o período, correspondente a 55%.

• A alta dos futuros do petróleo e a queda do dólar em relação as moedas mais líquidas do mundo ofereceram suporte subjacente à soja.

Mercado Interno

Preços sobem Brasil afora

• Nas rarefeitas praças que registraram novas vendas no segmento à vista, os preços da soja subiram, seguindo a forte alta da taxa de câmbio e dos futuros de Chicago, mesmo que tenham sido os demandantes nacionais a protagonizarem as compras.

• O basis continua a se elevar, o que deixa os volumes não negociados mais à disposição do mercado doméstico.

• Os preços dos derivados da oleaginosa, especialmente os do óleo de soja, continuaram firmes, sustentando as margens de esmagamento mesmo numa janela do ano desfavorável à originação das indústrias.

• Altas mais significativas só não são verificadas, pois os estoques cresceram em relação aos do mesmo período do ano anterior.

Dólar

Dólar atinge o maior valor em seis meses

• O dólar se apreciou fortemente contra o real nesta terça-feira, e se aproximou dos R$ 5,60, atingindo o maior valor desde abril. O principal destaque foi a sinalização de que o governo brasileiro iria anunciar o novo Auxílio Brasil hoje—que foi adiado. Com isso, o real teve o pior desempenho do mundo na sessão.

• Acerca da intenção de criação do novo programa, mais robusto que o Bolsa Família, o mercado se preocupa com um possível rompimento do teto de gastos, considerado um ponto chave no balanço das contas públicas. Neste contexto, o Banco Central do Brasil realizou leilão de dólares à vista pela primeira vez desde março.

• No exterior, o dólar se enfraqueceu contra as principais moedas com otimismo quanto à possível contenção da crise imobiliária pela China e da temporada de balanços das corporações nos EUA

Comentários

• As indústrias paraguaias esmagaram cerca de 182 mil toneladas de soja em agosto, queda de 41% em relação ao mesmo mês do ano passado. Trata-se do menor volume para agosto desde a temporada 2011/12, quando houve a pior quebra da produção de soja.

• Considerando a capacidade estática de processamento do Paraguai, tornam-se cada vez menores as chances de recuperação do processamento de soja do país para o resto do ano, uma vez que as condições existentes ainda estão longe de serem resolvidas.

• Problemas logísticos e questões relacionadas a mudanças na legislação dentro do complexo soja são apontados como as principais causas para desaceleração da atividade industrial.

• Assim, a IHS Markit reduziu novamente sua previsão para processamento de soja no Paraguai para temporada 2020/21, com corte de 100 mil toneladas passando para 2,95 milhões de toneladas, o menor desde 2012.

Preço Agropan

Preço trigo

As opiniões contidas neste relatório são pessoais e não representam em hipótese alguma recomendação para compra e/ou venda de contratos nos mercados futuros e/ou físico.

Boas informações produzem bons negócios

Volfe Umberto Gobbato

Gerente Geral